segunda-feira, 1 de junho de 2009

Arte e Anti-arte

O urinou obra assinada por R.Mutt deu o nome de fonte.

Para se entender um pouco sobre o que arte e o que é anti-arte, temos que em primeiro momento entender o que é arte. Arte está definida estreitamente como uma ligação emocional entre o criador da obra, ou seja, entre o artista Plástico e sua criação.
Houve uma época em que o artista já foi mais valorizado por suas artes, chegando a ser considerado digno de respeito e admiração em seu circulo social.
Já a anti-arte surgiu por lutas de idéias de que para fazer arte não seria necessariamente ter talento nato, ou seja nascer com aptidão e talento para arte!Com o desaparecimento de regras e conceitos sobre arte, a maneira de se ver e fazer arte surgiu a “ anti-arte”.A habilidade de técnicas passa a ser habilidades de idéias, o que não precisa ser entendida pelo observador.Assim como tudo e qualquer coisa passa por mudanças e transformações, a arte também vem passando por mudanças, novas idéias, novos conceitos, saindo quase que definitivamente de aspecto decorativo.
O artista Françês Marcel Duchamp foi um dos precursores da arte conceitual e introduziu a idéia de ready-mades (objeto pronto) como obra de arte. Começou como pintor impressionista, expressionista e cubista. Nessa fase pintou o quadro 'Nu Descendo Escada', uma sobreposição de figuras que lembra algo de humano. Porém foi como escultor que Duchamp atingiu a fama, deixando a Europa e indo trabalhar nos Estados Unidos, onde encontrou campo fértil para desenvolver sua arte dadaísta (movimento de vanguarda).O DADAÍSMO era um movimento de caráter anti-racional, em oposição a qualquer tipo de equilíbrio; movimento de intensa revolta contra o conformismo, em que as forças da criação artística foram colocadas a serviço da antiarte. O movimento surgiu de um espírito de desilusão gerado pela Primeira Guerra Mundial, a qual alguns artistas reagiram com um misto de ironia, cinismo e niilismo anárquico. Os artistas usavam de gracejos grosseiros e de provocações, como mais tarde o próprio Duchamp veio a confessar.Enfatizou o ilógico e o absurdo, exagerando-se a importância do acaso na produção artística. O objetivo era chocar o público que se alimentava dos valores tradicionais. O espírito dos Dadaístas não desapareceu inteiramente, suas características foram mantidas pela cultura junk e pela arte pop, que era conhecida nos Estados Unidos pelo nome de neodadá.Em 1912, Duchamp monta uma roda de bicicleta, sobre um banquinho de cozinha, inventa o ready-mades; posteriormente traz, a público, uma caixa de garrafas comprada num armazém parisiense e um urinol - a este último, assinando R. Mutt, e deu o nome de ‘Fonte’. Em outro de seus celebres gestos provocativos apossa-se da clássica obra de Mona Lisa e acrescenta-lhe um bigode, cavanhaque e uma inscrição obscena.O conceito do ready-mades parece originar-se da convicção de Duchamp de que a vida é um absurdo, sem sentido. Segundo ele, qualquer objeto torna-se uma obra de arte se o retirarmos do limbo dos objetos indiferenciados, e o declararmos como tal. Certos tipos de arte que apresentam em bienais não conseguem ser compreendidas pelo expectador: parece que se torna um vazio, dizem muitos, o que não se prende ao meu modo de pensar em relação a arte. Gosto de todos os períodos da arte, de todas as escolas e de vários movimentos, porém, acho que o principal na arte é a criação e o artista deve se comunicar através de sua obra. Mas fica a dúvida no espectador: o artista quer apenas se expressar ou quer ser, também, compreendido? Claro que sim...as duas coisas ao mesmo tempo!

ColaboradorVivaldo Simoneto
Acesse o blog: www.eufacocultura.blogspot.com

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