segunda-feira, 20 de julho de 2009

Artistas de Cascavel abrem exposição polêmica no MAC


É arte ou não é?

Neste mês de julho, cinco artistas de Cascavel, Brugnera, Cesar Ferreira, Cleo Dobler, Jeferson Kaibers e Nelson Josefi, abriram essa semana a exposição “Paralisias”, no Museu de Arte de Cascavel. As obras, segundo os artistas, são contemporâneas e questionam o que nos paralisa. O que paralisa a nossa Cultura? A nossa livre expressão artística, de ideias?
A exposição “Paralisia” é uma critica ao descaso cultural, onde o poder público enxerga este meio como um gasto desnecessário.Uma forma de mostrar uma “certa paralisia cultural”. “Surgiram elogios e dúvidas”, comenta Cleo Dobler, uma das artistas participantes; Segundo ela a exposição está bem conceitual e é preciso partir da ideia de que a arte contemporânea, dentre outras coisas, busca um estranhamento e questiona o comum, a leitura normal das coisas”.
Jeferson Kaibers, que integra o grupo, cita Duchamp como influenciador de seu trabalho, já que este seria o responsável pelo conceito de ready made, que é utilizar como arte um elemento do cotidiano, não tido como artístico.
Além das polêmicas em torno da arte, a exposição é acompanhada de uma crítica do artista contemporâneo e Curador Independente Andrés Castillo Vildósola; chileno radicado no Brasil, Andrés tece em seu texto duras críticas quando afirma que os governantes de Cascavel veem “a cultura como um gasto no orçamento público e não como um potenciador de turismo cultural trazendo e fomentando o comércio”, além de criticar a não abertura do museu nos fins de semana e o 'elefante branco' que poderá tornar-se o novo teatro. A crítica, na íntegra, um vídeo da exposição e outras informações estão no blog da exposição: www.paralisias.blogspot.com

De criança-prodígio a Rei da Música Pop



Por Vivaldo Simoneto - Artista Plástico

Segurar a onda de ser astro da música pop desde os 10 anos de idade não é para qualquer um. Esse é o fardo que Michael Jackson levou nas costas desde 1970. Michael Jackson foi o maior astro pop dos anos 80 e é sem dúvida um dos mais populares artistas de todos os tempos. Michael Joseph Jackson (Gary, 29 de agosto de 1958 - Los Angeles, 25 de junho de 2009) foi um cantor, compositor, ator, dançarino, publicitário, escritor, produtor, poeta, instrumentista, estilista e empresário dos Estados Unidos.
Sensível e preocupado com questões sociais, doou durante toda sua carreira milhões de dólares a causas beneficentes por meio da Dangerous World Tour, compactos voltados à caridade e manutenção de 39 centros de caridades. No entanto, outros aspectos da sua vida pessoal, como a mudança de sua aparência, principalmente a da cor de pele devido ao vitiligo e geraram controvérsia significante a ponto de prejudicar sua imagem pública. Em 1993 foi acusado de abuso de crianças, mas a investigação foi arquivada devido à falta de provas e Jackson não foi a tribunal. Depois, casou-se e foi pai de três filhos, todos os quais geraram controvérsia do público. O cantor teve experiências com crises de saúde desde o início dos anos 90 e sofreu também comentários sobre sua situação financeira. Em 2005, Jackson foi julgado e absolvido das alegações de abuso infantil.
Sua vida, constantemente nos jornais, somada a sua carreira de sucesso como rock superstar, fez dele parte da história da música rock e cultura popular por mais de quatro décadas. Nos últimos anos, foi citado como a personalidade mais conhecida mundialmente.
Escândalos à parte, será praticamente difícil existir alguém parecido com ele , o cara foi um gênio que merece ser cultuado. Nunca mais o “moonwalker”, nunca mais os agudos “yeah, uoh, ihhhh”, nunca mais os clipes fabulosos que encantaram toda uma geração oitentista que ficava acordada até o final das noites de domingo só pra ver seu último lançamento.
Enfim, o show acabou.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Sociedade e cultura


Por que o povo não se interessa por obras de arte?

A pergunta parece difícil de responder... mas é bem simples. Um país que a cultura é só e futebol, carnaval, pagode, samba mulher pelada, o povo arregala os olhos, participa em grande massa e a maioria apoia e patrocina sem mesmo reclamar; claro, pois procuram retorno financeiro. Quando se diz que um desenho ou retrato custa 60 reais ou uma tela de 200, ficam espantados e alegam que arte é cara, ganhar pouco não é desculpa, pois a grande maioria gasta por mês em torno disso em cervejinhas e cigarrinhos. Por isso que a Europa, um continente supercultural, está a milênios à nossa frente. O Canadá, por exemplo, tem a mesma idade do Brasil e também está.
O problema passa a ser cultural, político e social.Valoriza-se muito quem está lá do outro lado do mundo ou da “tela” e esquece-se o vizinho ao seu lado. Essa é a sina do artista “brasileiro”. Como artista, posso sentir na pele essa situação. Fazer arte neste país é coisa de maluco.... (que ótimo que sou maluco!), às vezes fazer arte é “fazer mágica”, muitos artistas acabam nas ruas vendendo suas obras a preço de “lanche” por que não conseguem apoio. Também é que a grande maioria das pessoas não conhece o que é arte, por isso não se interessam, hoje as escolas já procuram trabalhar mais na disciplina de artes, fazendo com que as crianças tomem mais gosto, são elas as que mais entendem, conhecem e valoriza !
Na arte, os recursos de retorno financeiro são quase limitados, não há meios concretos de retorno de uma “marca” financeiramente dizendo, apenas retorno “moral” que classifico como um dos mais importantes recursos, pois uma empresa que patrocina arte, investe no cidadão, na cultura. Essa modalidade de apoio se chama “Marketing Cultural”. Ele vem ganhando força no meio empresarial porque apresenta soluções relativamente baratas a três novas exigências do mercado: 1) necessidade de diferenciação das marcas; 2) diversificação do mix de comunicação das empresas para melhor atingir seu público; e 3) necessidade das empresas se posicionarem como socialmente responsáveis.
Ao patrocinar um projeto cultural, a empresa se diferencia das demais a partir do momento em que toma para si determinados valores relativos ao projeto cultural (por exemplo, tradição, modernidade, competência, criatividade, popularidade, valores culturais, etc.). Também amplia a forma como se comunica com seu público-alvo e mostra para a sociedade que não está encastelada em torno da sua lucratividade e de seus negócios. A partir do momento em que uma empresa empreende uma ação de marketing usando como ferramenta a cultura, ela está fazendo marketing cultural. Nem sempre o patrocínio vem em forma de dinheiro vivo - pode ser uma permuta por passagens áreas (companhias aéreas), estadia (hotéis e pousadas), refeições (restaurantes). Importante é que a ação de marketing deve se encaixar perfeitamente ao perfil da sua empresa, ao público-alvo e ao objetivo buscado (público-alvo, identidade, objetivos). Também é importante frisar que marketing cultural pode (e deve) vir associado a outras ações de marketing.
Do ponto de vista financeiro, dependendo do tipo de projeto cultural escolhido, a empresa pode reaver 100% do valor investido, o que seria um bom negócio. Do ponto de vista mercadológico, a imagem institucional dessa empresa e a aceitação que ela tem junto ao seu público-alvo são bastante trabalhados, o que contribui para a solidificação e perenização da empresa. Se o marketing cultural vier associado a outras ações de marketing, seus benefícios serão bastante ampliados.
Agora, em relação à valorização da arte num todo, toda e qualquer ação ainda é limitada a sucesso, o público ainda não aprendeu a tomar gosto de visitar exposições de arte, assistir a um teatro ou um espetáculo da dança, as ações são lentas quase não são percebidas pelo público, que também não tem costume de ler um simples “jornal”, há algumas escolas que preferem não liberar os alunos para que possam ter a oportunidade de ter este contato com a arte, pois somente constantemente tendo este acesso é que as pessoas vão passar a entender, amar e valorizar... a arte!
"É essencial que nossas crianças sejam incentivadas a uma viagem pelo mundo da arte, onde aprenderão a valorizar sua criação, as dos colegas, bem como as dos artistas brasileiros, aprimorando sua criatividade e imaginação através da experimentação de diversos materiais, formas, cores e técnicas "

Vivaldo Simoneto - Artista Plástico
www.eufacocultura.blogspot.com